domingo, 27 de dezembro de 2015

Perdoai-os, Senhor, eles não sabem o que dizem!


Quando Itacaranha chegou ao bar de Mário Cavalo falando de coisas como Art Nouveau e fazendo uma confusa ponte entre a Belle Époque e a música de Jorge Vercillo, logo Calabresa tratou de desqualificar o aspirante a filosofo com um dos seus mais míopes pensamentos: - Não gosto de nada que é cultural! A conversa encerraria aí, não fosse a violenta entrada de Baby: - Deixe de ser estúpido, Calabresa! Você é ridículo! Aliás, esse aumento na tarifa de ônibus é culpa sua! Minha? Indagou Calabresa. Claro!  Retrucou o impávido Baby prosseguindo com o seu raciocínio: - Sendo a tarifa calculada pelo número de habitantes, e você sendo um sujeito que nunca saiu daqui do bairro, portanto nunca pegou um ônibus, estamos pagando a sua parte!

Em outro canto do bar, Tonico, ao observar dois jovens no estilo sabiá (fortes em cima e com finas pernas) que passavam em frente, afirma: - Essa onda de malhação vai aumentar o número de viados! No que, de imediato, o Homem Puta não só concorda com ele, como ainda o encoraja: - É isso mesmo, irmãozinho, agora você disse tudo! Nessa hora Tripa dá a sua colaboração e, com ar de maioral, dispara oblíquo: - Não tenho nada contra os homossexuais. Eu sou contra apenas as pessoas tortas perante a nossa sociedade!

- Cavalo, te devo quanto? Já fui!
marcelo letal

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