domingo, 27 de dezembro de 2015

Paulo Rexonna!

A moda realmente é algo que merece ser estudado como fenômeno comportamental. Bom, deixemos as especulações para os intelectuais. O que nos interessa agora é falar de Paulo Rexona.
Anos 80, roupas em cores fortes, o chamado “brock” tocando nas rádios... Blitz, Barão Vermelho, só para citar alguns.
A praia refletia o período colorido e isso não era visto só no verde cana das pequenas roupas de banho. Uma curiosa e estranha moda entre os frequentadores das praias era a descoloração dos pelos pubianos à base de água oxigenada. Sempre achei e acho aquilo tosco. Mas vamos lá...
Esse era o habitat de Paulo Rexona, porém ele não usava sungas pequenas como ditava a moda, nem deixava os pelos pubianos à mostra. Ao contrário, procurava usar sungas grandes antecipando aquilo que alguns chatos chamariam de tendência.  Paulo chamava atenção não pela beleza muito menos pela conversa. Mas não passava despercebido. Ostentava um avantajado órgão sexual que curiosamente estava sempre pronto para ação, isso em uma época onde não existia Pramil na Feira de São Joaquim. Apesar desse dote, não fazia sucesso entre as mulheres e era motivo de piadas por todos da praia.
Paulo já era uma figura mítica antes mesmo do fatídico domingo de ações de graça de 85. Após cortejar com palavras nada elegantes uma bela garota que estava tomando banho de mar, que de imediato passou a gritar e chama-lo de tarado.

De imediato a garota recebeu o apoio de banhistas que, revoltados com a abordagem de Paulo, iniciaram uma discussão que acabou em troca de tapas. Tapa pra lá, tapa pra cá, até que no meio da confusão cai por entre as pernas de Paulo o seu segredo. Um tubo de desodorante Rexona. Naquele momento a briga deixou de ser relevante. Restando a Paulo  catar seu Rexona e entrar para a história. 




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